Dentro de um blog ou site de uma empresa, o texto tem a função de “prender” o leitor. Mas ele não atua sozinho, sendo, assim, mais um elemento visual dentro do contexto. A redação para mídias digitais, conhecida como webwriting, se diferencia da redação impressa, já que deve ser pensada de forma a unir texto, design e tecnologias multimídias. O produtor de conteúdo ou redator web deve trabalhar, de forma complementar, fotos, ilustrações, áudios, vídeos, infográficos e o texto, sem que as informações se repitam.

É importar utilizar alguns pontos essenciais na elaboração do conteúdo, são eles:

– Persuasão: Conseguir criar o interesse no leitor, utilizando todas as informações disponíveis;

 Objetividade: Ser direto na entrega da informação, descartando o que não tem utilidade dentro do texto;

– Relevância: Estar atento ao conteúdo que pode “voltar” à página principal;

– Credibilidade: Oferecer informações críveis, buscando tornar o blog/site referência na área. Para isso, é sempre indispensável checar as fontes e revisar o texto finalizado;

– Abrangência: É muito importante que se mantenha uma atualização constante do conteúdo e rapidez no retorno ao contato.

A metáfora da cebola


Assim como a cebola, o ambiente virtual possui camadas. É importante trabalhar a profundidade do conteúdo, mas sem fazer com que isso se torne cansativo ao leitor

Diferente do que sempre se pensa quanto à redação web, os textos não precisam obrigatoriamente ser curtos, pois o essencial é o nível de profundidade que eles apresentam. O especialista em Comunicação e Informação para a Mídia Digital Bruno Rodrigues trabalha com a noção de camadas do webwriting, utilizando a cebola como metáfora para o entendimento.

O blog/site possui níveis ou camadas que podem ser aprofundadas pelo interesse do leitor, e o uso de camadas é a base para qualquer conteúdo online. A primeira camada é a apresentação e deve ser pensada como uma vitrine, ou seja, ela deve atrair o público a buscar mais informações, passando assim à segunda camada: a genérica. Este nível tem a função de contextualizar sobre o tema e estimular o leitor a ir mais a fundo sobre assunto, levando-o à terceira camada: a de detalhamento.

A camada de detalhamento é o popular “Leia Mais”, é aquela que, além de responder às questões jornalísticas presentes na camada genérica – o que é o assunto; quando ele ocorreu; quem está envolvido; como foi; onde ele transcorreu e o porquê de ele ter acontecido – aprofunda as informações, fornecendo detalhes e utilizando complementos visuais. É importante não exagerar nas camadas, já que a dispersão no ambiente virtual é maior.

O conteúdo sendo mais que informação

O texto não tem mais só a função de informar, mas é também uma ferramenta de otimização nos resultados de busca, podendo ser utilizado de forma conjunta com as ações de SEO, por meio de palavras ou expressão-chave. O redator web precisa entender, produzir e estruturar seu conteúdo de acordo com as camadas que seu espaço possui, buscando uma maior fluidez entre os níveis.

A intepretação de texto no ambiente virtual se difere do impresso. Desta forma, é importante organizar o texto em ítens, trabalhando com uma ideia por parágrafo. O uso de links é importante para promover uma navegação linear ou não-linear, mas deve ser bem planejado, para que o leitor não perca o foco do seu conteúdo e acabe se dispersando em outras páginas.

O conteúdo de um ambiente virtual é muito importante para que o espaço torne-se referência na área. É essencial um plano de comunicação, com estratégias voltadas ao engajamento dos leitores, buscando uma fidelização do público. O planejamento de comunicação deve ser trabalhado de forma integrada, seja ele conteúdo para redes sociais, blog e/ou site ou ações de SEO; o redator web deve saber conciliar as informações de modo que elas tragam resultados tanto para a empresa quanto para o leitor.

Por Cati Carpes

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